Simplesmente GENIAL. Vão aqui agora mesmo e saibam a verdade sobre “DJs” idiotas como Tiesto, Ferry Corsten e Armin Van Buuren e porque o público playboy de trance está matando a cultura rave, transformando-a em um mero similar do rock farofa. Assino embaixo completamente do que dizem lá (e ainda é um quadrinho genialmente pop).
E, sim, ainda cita Bill Drummond, do KLF, e os geniais pranksters do Spiral Tribe, figuras que ao lado de nomes como Bobby Gillespie, Mark Moore, Happy Mondays, Tim Simenon, Carl Cox e tantos outros deram significância à cena rave entre 1988 e meados dos anos 90.
O cara ainda cita um comportamento pra lá de tosco que me incomodou muito assim que começou a rolar aqui no Brasil, no final dos anos 90/início dos anos 00: pessoas que ficam olhando o DJ, como se ele fosse uma banda de rock, ao invés de dançar (é uma festa, afinal, certo?). Tão olhando o quê?? O que tem de tão sensacional pra se ficar olhando em um DJ (se ele não é um turntablist como Q-Bert?). STOP THE SHEEP-WATCHING AND GO DANCE NOW! Não é um show, there’s nothing to see there. Não tem porquê ficar de frente para o DJ parado: vão dançar, falar com alguém, circular. É uma festa, não um show! Não por acaso, esse comportamento “nossa, olha lá o DJ, vamos ficar olhando para ele e aplaudir” começou a rolar exatamente quando os playboys começaram a ir às raves (graças à ascensão do trance).
Chego a pensar se a transformação desses DJs manés de trance em mega-popstars não é uma tramóia das gravadoras para tornar a cena eletrônica menos faceless e mais vendável, com caras idolatradas (como as mesmas que arruinaram o rock, minando sua energia ao longo das décadas). Fuck the popstar. Afinal, every brother is a star, every sister is a star. Quem precisa de um ego sobre o palco? Em uma rave? Só pode ser uma armação: os DJs megastars de trance tiraram o conteúdo original das raves, mataram a festa e reinstituiram o culto à personalidade tão grato às gravadoras (afinal, produtos tem que ter rótulo e embalagem). Das festas “no logo” movidas a TAZ dos anos 80 e 90, as raves viraram um show de metal farofa. Valeu, Tiesto e manés congêneres (“maior DJ do mundo”? Tocando e produzindo o lixo que ele cria? Tá bom).
A todos os playboys equivocados que gostam de trance e vão a raves para ficar olhando para o DJ ao invés de dançar: eat shit and die!
Ge-ni-al!! Tem que voltar a festa pela festa. E essa merda não acontece só com trance, não?
Posted by pacha at 15:17 Saturday December 26, 2005
Muito legal o quadrinho, né? Adorei aquilo também! E, sim, a festa tem que voltar! Parte da graça do electroclash (e o motivo pelo qual ele fez tanto sucesso) foi que ele apareceu lá por 2000, 2001, e se tornou o único contraponto da música eletrônica na época a essa babaquice do trance, das raves para playboys e dos mega-super-clubs. Ele representou a volta da festa pela festa, desta vez refugiada em miniclubs pequenos e underground. O electroclash foi o punk para o rock progressivo do trance (e o disco-punk também, a partir de 2003). Mas são dois estilos que atingem menos gente, por ser mais underground.
E infelizmente isso tem rolado em outros gêneros também, não só no trance. Mas sempre vão existir festas, raves, estilos e E’s legais. ; )Posted by Alexandre Mandarino(www) at 19:08 Saturday December 26, 2005
Mmm. Não sei porque a minha encanação com Electroclash, então. Preciso ouvir mais disso.Posted by pacha at 10:58 Sunday December 27,
E essa, agora: Erika Palomino lê Skrufff e o chama de “nosso colaborador internacional”. Alguém tem que avisar o coitado.http://www.erikapalomino.com.br/musica/noticias/index.php?mu_noti_id=1497(trombei nisso procurando notícias do Claro que é Merda)Posted by pacha at 11:45 Monday December 28, 2005
Que bizarro. Dá a impressão de que ele entrevistou o cara especialmente para o site dela. Mas será que foi isso mesmo? Ou ela pegou na mão grande?Posted by Alexandre Mandarino(www) at 21:11 Monday December 28, 2005