Ande pela cidade a dèrive e sinta os neons. Eles querem falar com você.
A palavra “Bar” com o “R” apagado é uma presença de Ba, deus egípcio da fertilidade. Uma fachada de cinema com algumas letras faltando pode ser uma dica de que ali está Cin-an-ev, herói lobo dos índios Ute.
Os deuses não morrem, mas se tatuam no inconsciente dos nossos neons. A cidade é um hardware e cada letreiro, grafite ou fachada luminosa é o software que nos permite interfacear com nossas alturas. Leia com atenção: o alfabeto ancestral está codificado ali.
Fique em silêncio à noite e escute. A cidade quer trepar com você.
Cena do anime Ghost in the Shell, de Mamoru Oshii.